Brasília (DF) – No julgamento que pode marcar um capítulo decisivo na história política do Brasil, o protagonismo feminino ganhou destaque pela atuação da ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF). Em um momento de grande tensão democrática, a ministra reforçou a maioria da Primeira Turma do STF que aponta para a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro por envolvimento na tentativa de golpe de Estado ocorrida em 8 de janeiro de 2023.
Embora o julgamento ainda não esteja finalizado, aguardando o voto do ministro Cristiano Zanin, os votos de Cármen Lúcia, Alexandre de Moraes e Flávio Dino já formam a maioria necessária para a condenação.
Um voto de peso simbólico
Durante sua manifestação, Cármen Lúcia destacou que os atos que abalaram as instituições brasileiras foram parte de uma articulação consciente para romper o Estado Democrático de Direito.
“Atentou-se contra a Constituição, contra a democracia, contra o povo brasileiro”, afirmou a ministra, reforçando a gravidade dos fatos.
O voto da ministra não foi o decisivo, mas teve papel fundamental na consolidação da maioria e representa o protagonismo feminino no centro do poder judicial.
Ironia do destino e força da democracia
Num cenário onde o poder costuma ser majoritariamente masculino, o fato de uma mulher estar entre os principais responsáveis por assegurar a continuidade da democracia brasileira ganha um significado especial. Em meio a ministros homens e a uma liderança marcada por posturas controversas, Cármen Lúcia mostra que a Justiça tem voz feminina e firmeza na defesa do Estado Democrático de Direito.
A Lapoense TV continuará acompanhando esse julgamento histórico, que mostra que a democracia brasileira também se fortalece com a coragem e a determinação das mulheres no Judiciário.

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